quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Without changes something sleeps inside of us and does not awake....the sleeper must awaken



A ideia era escrever sobre a solidão...
Mas...há quem diga que o meu blog é muito triste, portanto decidi não escrever sobre esse tema hj...
fica para outro dia, talvez amanha!:P

O que escrever entao?
Bem tendo em conta a conversa que hj decorreu no spot do costume (aquele e tal...),
decidi escrever sobre a sociedade e o nosso papel na sociedade.
ok?..o k é k tem a haver com o que falamos?
Um bocadito...mas pronto, se calhar tou cansado e tal e as ideias andam trocadas.

Vivemos numa sociedade civilizada e moderna, ou pelo menos gostamos de acreditar que é assim, já que parece que por vezes sofremos de uma cegueira tremenda que torna-nos incapazes de ver o que que fazemos ou o nosso papel na sociedade e as nossas relações para com o proximo.
Quando nascemos somos amados pelos nosso pais, à medida que crescemos e começamos a desenvolver-nos, começam a incutir-nos valores morais e certos tipos de comportamento que são "aceites" na sociedade. O que se deve e o que não se deve fazer...
E queremos fazer as coisas sempre bem para demonstrar o nosso afecto para com os nossos pais. Por vezes, eles esperam que os filhos sejam e realizem tudo aquilo que eles não conseguiram ou não tiveram oportunidade.
Temos o nosso primeiro contacto com a Escola, com os primeiros amigos e professores e a pouco e pouco vamos ganhando uma nova visão da realidade, de como a sociedade e o Mundo funcionam.
O Mundo sempre em mudanças...vai abrir-te novas portas, novas janelas para espreitares.
Entras numa nova fase da tua vida, a adolescencia e a busca da tua identidade.
Conheces novas pessoas, apaixonaste-te, fazes novos amigos, perdes amigos, perdes amores...
Um remoinho de experiencias que te envolve e arrasta-te.
Sempre em mudanças...a cresceres como individuo e membro de uma sociedade, com deveres e responsabilidades não só para ti, mas também para com os outros.

Começas a tomar consciencia que nem tudo gira à volta da eterna dualiade Bem/Mal.
Por vezes torna-se confuso distinguir o melhor caminho, porque somos teimosos e recusamos a escutar os mais velhos que já têm mais experiencia que nós. Geralmente impulsivos e arrogantes, cometemos os erros mais estupidos que podem ser cometidos...mas a meu ver, é necessario esses erros, essas falhas servem para moldar o individuo. Costuma-se dizer que se aprende com os erros...mas por vezes é boato, pois continuamos a faze-los. Porém, para quem consegue superá-los, ganha experiencia e uma lição importante (Essa lição depende dos erros que cada um comete...)

Com o avançar da idade, apercebemo-nos da dualidade da nossa vida, a vida pessoal e a vida social.
A nivel pessoal, cada individuo é responsável pelas suas decisões, sejam estas boas ou más.
O modo como vive, o que faz, a escolha dos seus amigos, o desporto preferido, o tipo de filmes e musica que gosta, ou seja, escolhas pessoais.
Mas, se as suas escolhas afectam directamente ou mesmo indirectamente a vida das outras pessoas, é preciso chamá-lo à razão, pois a nossa liberdade acaba quando a liberdade do outro começa.

Compreender isso é fundamental para uma vida em sociedade. O modo como lidamos com as pessoas e como as abordamos. Não existe diferença entre eu e o pobre que dorme na rua, temos os mesmos direitos e deveres e não somos de maneira nenhuma melhores que os outros só porque temos mais que os outros.
Infelizmente não acontece e cada vez mais existe uma separação. Os pobres e os ricos.
A iniciativa que deveria partir de nós é muitas vezes nula, perante um quadro tão negro como este, numa sociedade que marginaliza quem é pobre. No papel tens os mesmo direitos que os outros, mas a dualidade de criterios é absolutamente estupida!!
Todos somos importantes e ninguem é perfeito. Ninguem é bom demais para se dar com determinado tipo de pessoas. Nunca digas desta àgua não beberei e nunca desprezes e coloques rotulos nas pessoas...nunca sabes quando vais precisar delas!

É fundamental para uma vida em sociedade, o respeito, o dialogo e muita intervenção.
Aprender a lidar e a viver com os outros. A nossa historia está cheia de bons exemplos...Martin Luther King, J.F.K., Ghandi, São Martinho (Sim o gajo das castanhas...que cortou a capa para servir de abrigo ao pobre)..eram Homens iguais a nós!!
Onde está a educação que os nossos pais nos deram? As liçoes de moral que retiramos de qualquer historia que escutamos?
É preciso ser humilde e ter dignidade e respeito pelas pessoas...valores que cada vez mais são escassos.

São quase 2 da manha e tou um cadinho cansado...não vou reler o que escrevi, sei o que pensava enquanto escrevia, que poderia fazer muito mais...e não o faço...mea culpa
Vou dormir e esperar por um dia melhor...

4 comentários:

Anónimo disse...

A familia sem duvida é a referência, a nossa base, mas a partir do momento em que nos tornamos adultos, somos responsáveis pelos nossos actos, opiniões e responsáveis por fazer do mundo, um local diferente e mais suportável de viver.
A grande dificuldade reside em arcarmos com as consequências das nossas escolhas, isso parece ser o mais dificil. Mas é isso que nos torna diferentes das crianças e com um maior sentido de responsabilidade e de co-responsabilidade por fazer do mundo um local em que se viva dia a dia melhor, não desviando o olhar dos que dormem na rua, mas olhando para eles de frente e tentando compreender as razões que os levaram a optar por aquele estilo de vida. Também poderá ser uma opção, ou não????

Anónimo disse...

Bom, a teérica está mais ou menos interiorizada e a prática??? é para quando? a tua? a minha? a nossa?

Xuxi disse...

O teu blog não é nada triste, é intenso e perspicaz.
Escrever é o irredutível sinal de esperança. Escrevê-lo assim, sem falsos pragmatismos, um exercício daquilo a que eu apelido de “pseudo filosofia”, é uma introspecção importante que nos permite compreender melhor o mundo e a nós próprios.
Escrever assim, especialmente para um gajo, é uma coisa inexplicavelmente bela, sem pudor nem complexos de ficar nu (ainda que virtualmente e em sentido figurado) aos olhos dos outros. Pensamentos transpostos sem filtro, o derradeiro movimento de falares do que nos assusta, do que sentimos, dos nossos sonhos e pesadelos enquanto seres humanos plenamente emotivos, é o impulsor da pessoa bonita que carregas dentro de ti e que se dá a conhecer e a partilhar com todos os que te lêem. Ser genuíno é escrever assim e viver também, sem nos enganarmos iludirmos ou mentirmos sobre a realidade das coisas, com consciência perceptiva do que nos rodeia. Fico feliz por te conhecer aqui cada vez melhor.

Anónimo disse...

Tu não és triste, nem o teu blog é triste. Tu és Tu.......
No teu blog só demostras um lado teu, aquele que é mais deprimido e sensivel... axo que todas as pessoas que estão a ler este blog deveriam ver tb o outro lado do nuno, aquele amigo divertido e bem disposto, sempre pronto para a festa que eu conheço.
só isso.........