quinta-feira, 30 de novembro de 2006

My Life...mine...

"A minha vida ou a tua?
Quem decide o curso e a carreira a seguir? Os pais ou os filhos?
É certo que são os pais a investir na educação dos filhos, mas têm eles o direito de escolher o percurso profissional a seguir? Afinal, quando acabar o curso e tiver o seu primeiro emprego, quem vai ter de ir trabalhar para lá todos os dias é você e não os seus pais.

Hoje os tempos são outros e «a tradição já não é o que era».
Se antes tínhamos um pai que era médico, as probabilidades de o filho se tornar médico eram quase de 99 por cento. Agora, a liberdade de escolha existe e os pais preocupam-se mais com a felicidade dos filhos.
Mas essa felicidade e bem-estar passam também por um bom salário e é, talvez, neste ponto que os procuram intervir nas escolhas dos filhos.
Por exemplo, é bom a História e Arqueologia sempre o fascinou.
Sonha em encontrar vestígios de um povo antigo e perceber o seu modo de vida. Para concretizar esse objectivo o primeiro passo é tirar o curso de Arqueologia.
Os seus pais começam a preocupar-se consigo.
Um curso destes em Portugal é complicado. O que o fascina são as investigações e aqui elas não são propriamente o expoente máximo da Arqueologia. Muitos arqueólogos acabam por ir dar aulas... e o salário? Não deve ser dos melhores...O cérebro dos pais começa a funcionar e as conversas consigo começam a surgir. "Vê lá! Se calhar não é o melhor para ti. Tenta tirar um curso que te dê mais e melhores oportunidades de emprego. Eu sei que é aquilo que tu gostas, mas tens de pensar no futuro!".
E a conversa pode continuar até que há uma discussão séria e acontece uma das duas coisas: ou o filho dá ouvidos aos pais e segue a orientação deles, mas "amuado"; ou, revoltado, acaba por não pensar claramente (quem sabe eles não tinham razão?) e decide entrar para o curso de qualquer modo.
É verdade que os pais só se preocupam com os filhos, mas a sua vida é de quem? Pois, é sua!
Não se acomode e lute pelo que quer. Vai deixar que também façam um "arranjinho" de casamento ou vai escolher a (o) noiva (o)?
Em termos profissionais, o procedimento é idêntico e, sabemos nós, os "arranjinhos" nem sempre dão certo."

Sem comentários: